A Mente só Reconhece Aquilo que ela Conhece
Muitas vezes nos perguntamos por que algumas pessoas parecem incapazes de reconhecer o amor, o respeito, a alegria ou a empatia. A resposta está na raiz silenciosa das experiências humanas: a mente só reconhece aquilo que ela conhece.
Se alguém nunca foi amado de verdade, como poderia confiar no amor que recebe? Se nunca experimentou respeito, como poderia identificar um gesto genuíno de consideração?
Se a vida lhe negou a alegria, como poderia acreditar que momentos felizes são possíveis e merecidos? A mente humana aprende por familiaridade. Aquilo que nunca foi vivido ou sentido se torna estranho, quase ameaçador.
Não é frieza, nem indiferença. Muitas vezes é apenas a incapacidade de reconhecer o que nunca foi vivido. Como esperar que alguém acredite na bondade se tudo o que conheceu foi dureza? Como pedir que tenha empatia quem só recebeu rejeição?
Por isso, mais do que exigir dos outros aquilo que queremos ver, é preciso oferecer paciência, compaixão e constância. Plantar sementes em terras áridas exige coragem, mas só assim novas memórias emocionais podem nascer.
Amor ensina amor. Respeito ensina respeito. Empatia abre portas para novas possibilidades. A mente que hoje rejeita pode amanhã acolher — desde que tenha a chance de conhecer aquilo que um dia lhe foi negado.
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